Quatro anos depois, nova testemunha pode ajudar a elucidar caso Fernanda Lages

fernandalagesHá quatro anos a família Lages amanheceu com uma noticia triste: a jovem Fernanda, 19 estudante do curso de Direito de uma faculdade particular de Teresina foi encontrada morta de forma brutal na obra do prédio do Ministério Público Federal. Além do baque da morte, a família tem, ainda hoje, que conviver com a impunidade dos seus supostos assassinos.

Apesar dos anos, uma nova testemunha aparece com uma luz para a família e todos que desejam a elucidação do crime. O promotor Ubiraci Rocha deverá ouvir nos próximos dias uma ex-integrante de equipe técnica que atuou nas investigações do assassinato de Fernanda Lages. Segundo a médica haveriam erros grosseiros e injustificáveis em diversas etapas da investigação pericial, inclusive na exumação do corpo de Fernanda.

Fernanda
Fernanda tinha 19 anos quando foi encontrada morta na obra do prédio do Ministério Público Federal. Inicialmente a polícia afirmou que ela havia sido espancada com uma barra de ferro. Antes mesmo que a perícia chegasse, diversos repórteres e curiosos entraram no local e tiveram acesso a cena do crime e ao corpo da jovem, contaminando o local e ‘apagando’ uma pista que seria crucial, as marcas dos sapatos das pessoas que entraram no prédio com Fernanda, presumivelmente, na madrugada daquele dia.

Apenas dias depois, foi cogitada a hipótese, hoje mais aceita, que os ferimentos da jovem teriam sido causadas por sua queda do alto do prédio. Depois de vários meses de atrapalhadas investigações, mudanças de comando no caso, e sucessivas prorrogações de prazos, a polícia convocou toda a imprensa para informar que concluiu que Fernanda teve uma morte violenta, não apontando a verdadeira causa do assassinato.

Conclusão da PF
Requisitada pelo Ministério Público para entrar no caso, a investigação da Polícia Federal, para a família, foi uma grande decepção, chegando a conclusão de que Fernanda acidentou-se, pulando do alto do prédio do MPF, ou teria praticado o suicídio. Mais uma tese em discordância com a do Ministério Público Estadual.

Demora ajuda suspeitos
O pai da jovem, Paulo Lages, afirmou que a demora nas investigações da morte de sua filha estaria ajudando os suspeitos.
“O que traz a desconfiança para a família é o tempo. Quanto mais tempo se tem, mais oportunidades se criam para as pessoas se mexerem”, disse Paulo Lages à época.

Os familiares sempre descartaram a possibilidade da estudante ter cometido suicídio.

Quatro anos depois, o Ministério Público mantém as investigações. “Nós não nos conformamos com o caso. O inquérito continua aberto e nós solicitamos algumas diligências, a posição do MP é conhecida, somos contrários a posição da PF e da Civil. Enquanto houver possibilidades estaremos trabalhando”, afirmou o promotor Ubiraci Rocha, responsável pelo caso.

A família da jovem que reside em Barras começou o dia em uma missa em homenagem a Fernanda.

“A sensação de impunidade ainda está no meu coração, nós não aceitamos a versão final do inquérito da Policia Civil e Policia Federal. Agradeço ao povo do Piauí que sempre esteve ao nosso lado, mas ainda fico triste em saber que existem pessoas em nosso Estado que ainda usam de sua influência para impedir a elucidações de crimes, como o homicídio da minha filha. Toda a família de Fernanda Lages tem a convicção de que ela foi assassinada”, afirmou o pai de Fernanda, Paulo Lages. portalaz

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