Sargento da PM suspeito de integrar facção criminosa é preso pela segunda vez em Pedro II, no Piauí
O sargento da Polícia Militar do Piauí (PMPI) Francisco Ferreira de Sousa Filho foi preso, na manhã desta quarta-feira (5), suspeito de integrar uma facção criminosa em Pedro II, a 206 km de Teresina. Além dele, a Polícia Civil prendeu outras 17 pessoas na cidade, em Demerval Lobão e Lagoa do Piauí durante as operações Draco 125 e 126.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), ele já havia sido preso em flagrante, em 6 de abril deste ano, suspeito de fazer a segurança direta do principal líder da mesma facção no município. Dois dias depois, teve a prisão convertida em preventiva, mas a Justiça o colocou em liberdade em 23 de maio.
“Ele tinha sido preso em flagrante [em abril] por estar com uma motocicleta adulterada. Graças à nossa investigação e com a colaboração da inteligência e corregedoria da PMPI, descobrimos que o sargento protegia o líder da facção e repassava informações sobre operações policiais ao grupo criminoso”, explicou o delegado ao g1.
Na época, a Polícia Militar instaurou um processo administrativo por desvio de conduta devido à posse do veículo adulterado. Procurada novamente, a corporação ainda não se pronunciou sobre a segunda prisão. O g1 também tenta contato com a defesa do sargento.
O líder da facção criminosa em Pedro II, identificado apenas como Isnael, também foi preso durante a Operação Draco 104, em abril, em uma residência de alto padrão. De acordo com o delegado Charles, ele decidia quem seria morto pela organização no município.
“Concluímos inquéritos robustos que o vinculam à facção. Ele decidiu a morte de sete pessoas: seis foram executadas e outra sofreu uma tentativa de homicídio”, acrescentou o coordenador do Draco.
Ao todo, o Draco cumpriu 61 mandados de prisão e busca e apreensão em Pedro II, Demerval Lobão e Lagoa do Piauí. As operações contaram com o apoio do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e várias unidades da Polícia Militar do Piauí (PMPI). G1-PI
