Servidores invadem plenário da Câmara de Teresina e interrompem sessão
Dezenas de funcionários públicos municipais em greve ocuparam o plenário e a mesa diretora da Câmara Municipal de Teresina na manhã desta terça-feira (9). Os servidores protestam contra o reajuste proposto pela Prefeitura para as categorias que estão paralisadas há 36 dias na capital.
Na sessão desta terça-feira os vereadores votariam o projeto enviado pelo prefeito, mas os manifestantes impediram a votação e forçaram os parlamentares a encerrar a sessão. No projeto, a prefeitura propõe um reajuste de apenas 7% e ainda exclui algumas categorias do aumento. Os servidores cobram um aumento de 55,7%.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Letícia Campos, o projeto é ilegal e por isso as categorias se mobilizaram para impedir que ele fosse votado.
“Nós tentamos negociação com o prefeito e ele insiste em não dialogar. Sem negociar com as categorias ele mandou esse projeto para a Câmara propondo apenas 1% de reajuste para algumas categorias e querem votar sem dialogar. Além disso, o projeto é ilegal, pois propõe um reajuste abaixo da inflação”, disse.
No momento da ocupação, três servidores afirmam que foram agredidos por um homem. Um deles foi o servidor da Secretaria de Assistência Social, Leandro Lopes. Segundo ele, um homem à paisana utilizou uma arma de choque no momento em que ele seguia em direção à mesa diretora da Câmara.
“Quando fomos subir um homem à paisana utilizou um equipamento de choque contra mim. Esse foi o tratamento dispensado aos trabalhadores que estão aqui lutando apenas por melhores condições de trabalho”, afirmou o servidor.
Enquanto os manifestantes ocupavam o plenário, os vereadores apenas assistiam ao movimento. O vereador Gilberto Paixão (PT) defendeu as reivindicações dos servidores, mas criticou a invasão do plenário e da mesa diretora da casa.
“Todas as categorias têm o direito de manifestação. Eles têm razão, pois o prefeito apenas tomou a posição de empurrar esse projeto de garganta abaixo, além do mais, é um projeto inconstitucional. Mas acho um desrespeito a invasão do plenário”, falou o parlamentar.
A sessão foi encerrada e os servidores iniciaram uma assembleia geral no local. Em votação, eles decidiram pela manutenção do movimento grevista. G1-PI