Testamento de Cid Moreira deserda filhos de herança de R$ 60 milhões

O jornalista Cid Moreira, que morreu aos 97 anos na última quinta-feira (3), deixou uma fortuna de cerca de R$ 60 milhões. No entanto, segundo a Folha de São Paulo, o jornalista teria deserdado os filhos Rodrigo e Roger Moreira do testamento.

 

 

PEGOS DE SURPRESA

Os dois filhos do comunicador deram entrada ao pedido de abertura do inventário no mesmo dia em que o pai morreu, mas foram surpreendidos pelo comunicado de Davi de Souza Saldaño, advogado da viúva de Cid, que informou que os jovens não estavam presentes no testamento.

Segundo o advogado, Cid Moreira “manifestou em testamento público, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro, excluindo-os da sucessão”. O profissional também chamou a abertura do inventário de “lamentável e inoportuna”.

A decisão de Cid Moreira de deserdar seus filhos Rodrigo e Roger foi baseada em alegações de indignidade, conforme permitido pelo Código Civil brasileiro. O locutor recorreu frequentemente a laudos médicos para provar sua capacidade mental ao refazer o testamento anualmente, o que ilustra a seriedade com que tratou a exclusão dos herdeiros legítimos.

O advogado de Fátima Sampaio descreveu a tentativa dos filhos de acessar o testamento poucas horas após a morte de Cid como uma postura que reforça a alegação de que eles estariam interessados apenas no patrimônio do pai. Esta situação reacendeu debates sobre a sucessão familiar e as complexidades emocionais e legais de testamentos motivados por conflitos pessoais.

Como se desenvolveu a disputa judicial entre Cid e seus filhos?

Em um passado não tão distante, a relação entre Cid Moreira e seus filhos já havia deteriorado significativamente. Em 2021, Rodrigo e Roger Moreira entraram com uma ação na Justiça, buscando a interdição do pai. Eles acusaram Fátima Sampaio de estar explorando financeiramente Cid ao vender imóveis e transferir dinheiro para o exterior. Alegaram também que o apresentador estava sendo mantido em condições inadequadas por sua esposa.

No entanto, Cid Moreira refutou essas acusações, comprovando publicamente sua sanidade mental e declarando que a motivação dos filhos era de caráter financeiro. O apresentador resolveu suas questões judiciais, mas as feridas familiares permaneceram abertas, culminando na decisão de deserdar os filhos em seu testamento.

Fátima Sampaio, com quem Cid Moreira estava casado desde 2000, desempenha um papel central nessa narrativa. Ela é a principal beneficiária do testamento e é frequentemente alvo das críticas dos filhos de Cid. A relação entre Fátima e Cid começou enquanto ele ainda era casado, o que adicionou um tom de escândalo à história, quando Roger tornou públicas gravações para alegar que Fátima estava envolvida com Cid antes do divórcio de seus pais.

A defesa de Fátima sustentou que todas as decisões financeiras foram realizadas com consentimento e comprovações de capacidade mental de Cid, apresentando-se como a guardiã dos interesses financeiros do apresentador.

A complexidade das relações e o impacto na herança de Cid Moreira

A história da sucessão de Cid Moreira é um exemplo de como relações familiares podem se tornar complexas, envolvendo não apenas questões emocionais, mas também significativas disputas legais e financeiras. O caso ressalta a importância de um planejamento sucessório bem estruturado e das consequências que decisões tomadas em vida podem ter após a morte.

 

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