Testemunhas de crime de Castelo são ouvidas pela justiça
A Justiça colhe nesta quarta-feira (24) o depoimento de três testemunhas de acusação e mais 16 testemunhas de defesa relacionadas ao estupro coletivo ocorrido no município de Castelo do Piauí, que deixou uma vítima fatal e mais três jovens gravemente feridas.
De acordo com o promotor Cesário Cavalcante, da comarca do município, outras 10 testemunhas de acusação já foram ouvidas no município de Campo Maior e Altos.
“Estamos na etapa das alegações finais. Temos o prazo de 45 dias, a contar do dia 28 de maio para finalizar todo o processo e encaminhar para o Juiz do caso, já que esse é o prazo máximo de internação para os menores”, afirmou o promotor.
Sobre o conteúdo dos depoimentos, o Cesário afirma que nada pode revelar. Dois defensores acompanham os depoimentos, um que faz a defesa exclusiva de um menor acusado do crime, e outro que acompanha os outros três.
A audiência acontece sem a presença dos menores para não causar tumulto no município.
As quatro meninas de idade entre 15 e 17 anos saíram da escola e foram para o Morro do Garrote no município para fazer umas fotografias. Ao chegarem no local, as meninas se depararam com quatro adolescentes e um adulto, usando drogas. De acordo com depoimentos iniciais dos acusados, eles iriam roubar o celular das meninas, mas o líder, Adão José de Sousa teria incentivado-os a amarrarem as meninas e cometerem barbaridades.
Durante mais de uma hora as jovens ficaram sob poder dos criminosos, nesse tempo, elas foram amarradas, espancadas e estupradas. Quando terminaram a tortura as adolescentes foram empurradas do morro a uma altura de cinco metros, depois de constatarem que um das meninas continuava viva, um adolescente desceu e bateu várias vezes em sua cabeça com uma pedra.
A polícia militar logo localizou e apreendeu o primeiro menor que confessou o crime e informou a participação e a localização dos demais. Em depoimentos eles alegaram que cometeram o crime por estarem sob efeito de drogas. portalaz