Uma em cada três casas faz uso de lenha ou carvão para cozinhar no Piauí, revela IBGE

Um em cada três domicílios do Piauí fazia uso de lenha ou carvão para cozinhar em 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o dado equivale a 36,6% dos domicílios piauienses. O estado teve, no ano passado, o terceiro maior indicador do país, atrás apenas de Maranhão (46,3%) e Pará (43,3%).

No Brasil, a média foi de 15,2% dos domicílios que utilizavam lenha ou carvão. Os menores indicadores foram registrados no Distrito Federal (2,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e em São Paulo (3%).

Em 2023, os tipos de combustíveis mais utilizados no preparo de alimentos no Piauí foram os seguintes:

  • Gás (em botijão ou encanado): 96,7% dos domicílios;
  • Energia elétrica: 55,4% dos domicílios;
  • Lenha ou carvão: 36,6% dos domicílios;
  • Outro: 0,1% dos domicílios.

“É importante destacar que os domicílios brasileiros podem utilizar mais de um tipo de combustível, ao mesmo tempo, para o preparo de seus alimentos”, ressaltou o IBGE.

O gás em botijão ou encanado também foi o combustível mais usado no país no ano passado, estando presente em 98,2% dos domicílios.

A energia elétrica veio em segundo lugar, com 51%, acompanhada da lenha ou do carvão (15,2%) e de outros combustíveis (0,1%).

Problemas e impactos

A queima da lenha e do carvão libera poluentes como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas finas, que podem causar problemas respiratórios (asma, bronquite crônica), doenças cardiovasculares e irritação nos olhos e na garganta.

O uso da lenha pode contribuir para a perda de florestas e os gases emitidos durante a queima podem agravar as mudanças climáticas, especialmente em áreas onde esse método de preparo de alimentos é amplamente utilizado.

Além disso, o uso desse método pode aumentar o risco de incêndios se as cozinhas forem pequenas ou mal ventiladas.

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