Piauí aparece em 12º no primeiro Boletim Epidemiológico do Suicídio no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (21) o primeiro Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil. Durante a apresentação dos dados, a diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, considerou os casos registrados no Piauí como um “fenômeno” a se entender. Pelo levantamento, em quatro anos foram registrados 1.253 suicídios no Estado.

Por conta dos reincidentes casos, o Ministério da Saúde garante que vai investigar o que está contribuindo para o aumento de suicídio no Estado.

“É inexplicável. E para nós foi uma surpresa. É um fato para se explorar o que está acontecendo nesse Estado, enquanto o Nordeste é a região do Brasil que tem menor taxa de suicídio. Isso é para a vigilância em saúde investigar o que está acontecendo”, disse a diretora durante entrevista coletiva de apresentação dos dados.

O levantamento é baseado nos casos de suicídio registrados no país entre 2011 e 2016. A pesquisa revela que as mortes por suicídios no Brasil aumentaram 12% nos últimos quatro anos. Em 2015, foram 11.736 notificações enquanto 10.490 registradas em 2011. O estudo é inédito e vai orientar a expansão e qualificação da assistência em saúde mental no país. O objetivo é traçar uma estratégia para a redução de 10% dos óbitos por suicídio até 2020.

A pesquisa revela que ocorreram 48.204 tentativas de suicídio no Brasil entre 2011 e 2015. Entre os dados, chama atenção que 69% das vítimas foram mulheres. Também é destaque que a taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que o registrado entre os brancos (5,9) e negros (4,7).

Nos dados analisados por regiões, a região Sul do Brasil é a que mais registrou casos de suicídios.

Entre os estados o Piauí aparece em 12º no ranking.

O Ministério da Saúde informa que entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas. No entanto, tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde conforme um projeto terapêutico individual.

Com estratégia para diminuir os números, o Ministério da Saúde promete instalar Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) nas áreas consideradas de risco.                    Cidadeverde

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