Apreendida arma de policial militar suspeito de atirar durante show de Tarcísio do Acordeon em Teresina

A Polícia Civil apreendeu, nesta quinta-feira (6), a arma de um soldado da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) investigado como suspeito de ter dado pelo menos três tiros para o alto durante uma apresentação do cantor Tarcísio do Acordeon em Teresina, na madrugada de 19 de dezembro de 2021. Procurada pelo g1, a Corregedoria da PM informou que o caso também é investigado pela corporação.

O momento foi registrado em vídeo por uma pessoa que assistia ao show e estava filmando o palco na instante em que os disparos foram efetuados.

Em outro vídeo, publicado nas redes sociais do próprio cantor (assista acima) é possível ouvir o barulho dos tiros. Contudo, Tarcísio parece não perceber.

A Corregedoria da PM responsabilizou o 16º Batalhão, em José de Freitas, onde o policial é lotado, pela condução do Inquérito Policial Militar, que vai investigar o ocorrido e averiguar a conduta do soldado.

Segundo o delegado Paulo Gregório, do 5º Distrito Policial, ninguém ficou ferido. Entretanto, os disparos geraram risco às pessoas que estavam no evento e nas áreas ao redor do local.

“O disparo para cima gera um risco. Esses tiros poderiam atingir um apartamento, ou mesmo retornar e atingir alguém. Aconteceu em uma área com muitas pessoas, próximo ao shopping. A física já provou que o tiro para cima é sim perigoso”, comentou o delegado.

Depois dos tiros, o policial foi expulso pelos seguranças da casa de espetáculo. Depois, ele voltou para casa. Ele havia sido identificado pelos seguranças ainda na entrada do evento, e foi identificado por eles em depoimento à Polícia Civil.

Segundo o delegado Paulo Gregório, do 5º DP, a arma apreendida é uma pistola de calibre 9mm, que seria de uso pessoal do policial militar, e não sua arma oficial, da PM-PI.

Em depoimento, o policial confirmou que estava no local no dia do evento, mas negou que tenha atirado para cima.

“Ele nega, mas temos muitos indícios da autoria dele: a forma da arma no vídeo, os estojos de munição 9mm que encontramos no local e os depoimentos”, enumerou o delegado.

Conforme Paulo Gregório, o policial militar estava acompanhado pela esposa, que também é policial militar, de patente superior. O delegado afirmou que ela tinha o dever de dar voz de prisão ao marido por conta dos disparos, e não o fez.

O policial pode responder pelo crime de disparo de arma de fogo em via pública. O inquérito policial será enviado para a Corregedoria da Polícia Militar, que deve analisar a conduta do policial e da esposa.       G1-PI

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