Casal é condenado à prisão por matar rapaz após mensagens no celular em Piracuruca

O Tribunal Popular do Júri do município de Piracuruca, condenou à prisão um casal de empresários acusado de assassinar a pauladas um vigilante. O crime ocorreu no dia 4 de outubro de 2014, véspera das eleições estaduais, e seria decorrente do envio de mensagens de texto no aparelho celular.

De acordo com relato do Ministério Público Estadual, a empresária Maria Luiza Cardoso de Brito, 42 anos, passou a receber ligações telefônicas e mensagens de textos anônimas com cunho sexual. “Tratava de reiterados convites para manter relações sexuais”, diz a denúncia.

De acordo a denúncia do MPE, o casal chegou a marcar um encontro com a pessoa que escrevia as mensagens em um motel da cidade de Piracuruca. Lá, a empresária garante que viu o vigilante Manoel Mário de Moraes Feitosa Júnior.

Investigação da Polícia concluiu que o vigilante não estava no motel, que ele fazia segurança de um colégio que seria local de votação para as eleições.

Manoel Mário foi até a sua residência e, ao chegar, iniciou discussões com o casal.

O promotor Márcio Carcará, que fez a denúncia, informou que o vigilante chegou a gritar: “eu não sou culpado, eu sou inocente”. Os apelos do vigilante foram ignorados, segundo o MPE, e o empresário usou um pedaço de madeira e desferiu na cabeça da vítima que caiu no chão. Ele foi levado ao hospital e teve traumatismo craniano. Após 15 horas de julgamento, o juiz Stefan Oliveira Ladislau leu a sentença. Francisco das Chagas Alves foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, e Maria Luiza, a 13 anos de prisão, mas responderá em liberdade.

Ao UOL, Maria Luiza alegou ser inocente e informou que vai recorrer da decisão. Ela, que é proprietária de um salão de beleza, disse que recebeu 31 ligações anônimas e várias mensagens com convites para relações sexuais. Ela confirma que o marido deu uma paulada no Manoel Mário, e que o vigilante foi internado, mas assegura que ele fugiu do hospital sem licença médica. “Ele fugiu do hospital chegou em Piracuruca com dores de cabeça e por negligência dele voltou ao hospital e morreu. Eu cheguei a oferecer ajuda”, disse.

Segundo Maria Luíza, o que houve não foi um assassinato, mas uma lesão corporal seguida de morte. “Sou uma cidadã, trabalho. Vou procurar todas as instâncias par.

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