Envenenamento de criança pode ter relação com jogo Baleia Azul

img-7733Delegada Luana Alves, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente

Na tarde desta quinta-feira (20), a delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Luana Alves, afirmou ter indícios de que uma das etapas do jogo Baleia Azul, que virou febre na internet e tem provocado suicídios entre jovens, pede que o participante envenene com bombons 20 crianças.

O caso veio à tona após o suposto envenenamento de uma criança de 11 anos na zona Leste de Teresina na última terça-feira (18). Segundo a mãe do garoto, na última terça-feira a caminho da escola a vítima teria ganho de presente um bombom de um desconhecido. O garoto chegou à unidade escolar quase desacordado após ingerir a bala.

O conselheiro tutelar da zona leste, Djan Moreira, afirmou que os integrantes do Conselho Tutelar receberam informações por meio de mensagens no aplicativo Whatsapp de que uma das etapas do jogo seria dar as bombons envenenados para 20 crianças fardadas, fato que coincide com o envenenamento de uma criança de 11 anos no bairro Planalto Ininga.

“Aqui na delegacia, o nosso foco principal é receber o laudo toxicológico e saber se tem no organismo da criança algum componente de envenenamento e quem foi o autor. Se foi ou não uma etapa do jogo Baleia Azul isso não é o nosso foco principal. Agora, se foi do jogo temos que orientar os pais, diretores de escolas e professores para cuidarem dessas crianças, além de informar às crianças que não recebam alimentos de estranhos. Precisamos ter cautela com informações de redes sociais e, se for possível, fiscalizar qualquer tipo de informação nas redes sociais dos filhos. A orientação é que pais e educadores têm que ficar atentos”, declarou a delegada.

Ainda de acordo com a delegada, a criança relatou que o adulto que a deu o bombom já havia feito isso uma outra vez, em que a criança também se sentiu mal e ficou sonolenta.

Segundo o conselheiro tutelar Djan Moreira, a vítima está internada na Unidade de Pronto Atendimento do Renascença. De acordo com o conselheiro, um perito do Instituto Médico Legal, identificado como José Luís Castelo Branco, apontou em laudo que não é possível afirmar que houve envenenamento, por isso, foram solicitados novos exames, já que nesta quinta a criança voltou a se sentir mal em uma audiência no Conselho Tutelar.

“Ele não se segurava na cadeira, estava sonolento e agressivo, alem de ter crises convulsivas”, declarou.

“Nós recebemos no Whatsapp do conselheiros mensagens dizendo que o jogo Baleia Azul tem várias etapas e uma delas trata de envenenamento de crianças fardadas. Outra questão é que na noite de terça nós recebemos a situação desse garoto e o IML declarou que não poderia descartar se houve intoxicação. Estamos aproveitando a internação dele para que a perícia possa colher o material de seu organismo para fazer um novo exame para saber se essa criança se envenenou”, complementou o conselheiro.

De acordo com a delegada Luana Alves a criança afirmou que reconheceria o adulto que o deu os bombons e chegou a dar as características do suspeito, que é procurado pela polícia.    MN

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