Fim do período chuvoso e aumento de temperatura marcam temporada de potós no Piauí

O fim do período chuvoso no Piauí e início dos meses mais quentes marcam a aparição mais frequente de um inseto, já conhecido na região por causar queimaduras de até terceiro grau na pele humana: “o potó”. Com o nome científico paederus irritans, o animal tem aparência de uma formiga, mas é da família dos besouros.

O dermatologista Lauro Rodolfo explicou que, ao contrário do que se pensa, não é a urina do potó que causa as queimaduras. Na verdade, ele libera uma secreção tóxica que provoca a queimadura quando entra em contato com a pele.

“O potó, na realidade, libera uma substância chamada pederina, que é uma substância extremamente cáustica e agressiva para a pele. Quando ela entra em contato causa uma intensa inflamação com erupção e dependendo do local, a irritação pode ser muito intensa”, explicou.

Segundo o dermatologista, a toxina que esse inseto libera é um mecanismo de defesa e ela é liberada quando o bichinho se sente ameaçado. O especialista adverte ainda que, dependendo da quantidade de secreção, da pele e da região do corpo, a vítima do potó pode desenvolver queimaduras de diferentes graus. O certo é evitar remédios caseiros e procurar ajuda médica.

“A gente vê com frequência as pessoas usando aqueles cremes de fraldas, pasta de dente e isso, às vezes, acaba piorando a inflamação do local. A recomendação é lavar bem e procurar um médico para indicar o melhor remédio a ser utilizado. Geralmente a gente utiliza medicamentos a base de corticoides, que eles vão amenizar aquela inflamação e se notarmos que tem alguma infecção secundária como bactérias ou fungos, passamos outros medicamentos associados a esse corticoide”, explicou o dermatologista.

Nesse período muitas pessoas procuram ajuda de profissionais para se prevenir da visita dos temidos potós. A dedetizadora onde Bruno Nogueira é diretor aumenta em 70% a demanda pelo serviço.

“Nós priorizamos tratar as superfícies, que são os locais que os potós transitam. Eles vão passar pelas paredes, pelo teto, ali se aproximando da lâmpada. A gente também trata todo o perímetro externo da estrutura, seja residência ou empresa, porque os potós vem de fora para dentro”, contou.        G1-PI

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