Mulher mantida oito meses em cárcere no Piauí por homem que conheceu na internet retorna para casa no Ceará

A mulher de 48 anos mantida em cárcere privado por oito meses com homem que conheceu pela internet retornou para a casa, em Campos Sales (CE), nesta sexta-feira (30). Segundo o delegado Bruno Luz, titular da cidade, familiares da vítima foram até Água Branca, Sul do Piauí, buscá-la.

“Entramos em contato com os familiares da vítima e solicitamos que eles viessem buscá-la, para ela não embarcar sozinha. Os policiais escoltaram ela e a família até o ônibus com destino a Campos Sales [a cidade fica a cerca de 350 km de distância de Água Branca]”, revelou o delegado.

A vítima foi resgatada na tarde dessa quinta-feira (29) após pular o muro do quintal e fugir da casa do suspeito, identificado como Ideni Gonçalves de Farias, de 50 anos. Ao chegar à rua, ela conseguiu pedir ajuda a uma viatura da PM que passava pela região.

De acordo com o relatório dos policiais militares do 18º Batalhão, a mulher foi encontrada no Residencial Macedo, por volta das 13h e estava com lesões nos braços. Ela informou que havia sido espancada, que era ameaçada de morte e que ele andava à sua procura.

Ideni Gonçalves de Farias foi preso suspeito de violência doméstica, sequestro e cárcere privado. Durante audiência de custódia, nesta sexta-feira (30), o juiz concedeu liberdade provisória e impôs medidas cautelares ao autuado.

Vítima diz que engravidou e foi obrigada a abortar
Conforme relatos da vítima na delegacia, o suspeito a mantinha sob abusos físicos, sexuais e psicológicos. De acordo com o delegado Bruno Luz, a mulher é de Campos Sales (CE) e conheceu o suspeito em um site de relacionamentos.

Durante o período de cárcere, conforme relatou, ela chegou a engravidar e ser obrigada a abortar. Mesmo com a soltura do suspeito, o delegado destacou que a investigação do caso continua.

“Ele nega que tenha praticado, mas pelas declarações dela, ele a subjugava porque era mulher. Ela disse que chegou a ficar grávida dele e teve que praticar um aborto. Ela foi levada a um hospital para coletar sangue e detectar presença de BETA HGC [exame de gravidez], mas não foi identificado devido ao tempo. Mas isso continuará sendo investigado”, contou.               G1-PI

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