Secretaria confiscará bens dos maiores traficantes do Piauí para doar a Polícia
Com ajuda do laboratório de combate a lavagem de dinheiro, o secretário de Segurança
Pública, Fábio Abreu, prepara novas ações para quebrar o poder econômico dos maiores
traficantes do Piauí. Usando dispositivo da lei, a cúpula da polícia além de fazer a
investigação irá enviar ao juiz à relação dos bens da quadrilha para que sejam bloqueados.
Com a decisão, o patrimônio dos traficantes será revertido para a Polícia.
Fábio Abreu esclarece que a diferença na ação de agora com antes é que no pedido das
prisões à justiça, a Polícia incluirá também a lista dos bens para serem confiscados.
“Vamos fazer operações de grande e médio porte com a descrição para que na hora de cumprir
o mandado de prisão termos a relação dos bens dos traficantes. Carro, casa, sítio, todos os
bens vamos fazer um pré-levantamento. Vamos solicitar ao juiz o confisco dos bens e quando
fizer operação já pede o bloqueio dos imóveis. Isso impede, por exemplo, de se fazer uma
operação sem ter cuidado com o bloqueio dos bens, alguém da família vende o bem e
transforma em recursos para tirar o individuo da cadeia e gerar o negócio”, esclareceu
Fábio Abreu.
A meta, segundo o secretário, é reduzir o índice de violência em Teresina e no interior do
Estado. Pesquisa recente aponta que Teresina é a 6ª capital mais violenta do País.
“Nós estamos diminuindo os homicídios. Com toda certeza nosso Estado não vai ser o sexto
mais seguro, mas talvez o primeiro ou o segundo. Não será a sexta capital mais violenta em
função dessa queda na faixa de 25% a 30%. Nosso objetivo chegar em pelo menos 40% de
redução em relação ao ano passado”.
Fábio Abreu disse ainda que uma das prioridades é reduzir os roubos no Estado.
O secretário ressaltou que jamais vai zerar a criminalidade sem ajuda dos outros setores do
Estado e do município como educação, justiça, assistência social, saúde.
Uma das prioridades, segundo Fábio Abreu, é a reestruturação das delegacias e a contratação
de pelo menos mil policiais militares para reduzir a defasagem de efetivo no Estado.
“Vamos fazer um planejamento para apresentar ao governador e dizer nossa necessidade”.