Secretário afirma que escolas estão sem condições de funcionamento, enquanto prefeito fecha três escolas para transformar em secretarias em Piripiri
[Em 45 dias, Luiz Menezes cria medidas impopulares e propensas a sanção da justiça. Em projeto enviado a câmara, comissionados teriam aumento de até 100%]
Há exatos quarenta e cinco dias da nova gestão no município de Piripiri, a população da cidade ainda não consegue olhar com perspectiva para o futuro. Muitas incertezas em relação ao chamamento dos concursados e o velho problema de atraso de salários. Mesmo com a orientação e a fiscalização batendo à porta dos municípios, alguns gestores parecem ignorar os alertas do TCE sobre gastos com pessoal, por ultrapassar o limite estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). No projeto enviado à Câmara, a Prefeitura de Piripiri em sessão extraordinária, tentava alterar o valor do salário dos cargos comissionados e, consequentemente, elevar a despesa com a folha do funcionalismo público municipal, mas que acabou não sendo votado pelo Legislativo. Está marcado para essa semana ainda, o início do Ano Legislativo. Fontes ligadas à atual gestão nas redes sociais informaram que o prefeito Luiz Menezes, fará pronunciamento oficial na primeira sessão do ano. É aguardado com muita ansiedade pela comunidade piripiriense que o prefeito possa apresentar as razões que justifiquem o atual cenário indigesto no município. Outro assunto amplamente discutido, diz respeito a educação municipal, principalmente o início das aulas e sobre a situação das escolas que receberam reformas ou foram reconstruídas na gestão anterior. O início do ano letivo acabou sendo procrastinado, sob a justificativa de degradação das escolas. Em contraste com essa realidade, a gestão decidiu fechar três escolas: Raul Formiga, Círculo Operário e Antenor de Araújo Freitas, deixando sem vaga em escola perto de casa vários alunos que transferidos para outras escolas municipais a km de distância, sem direito a transporte. De acordo com Maria dos Remédios, mãe de aluno, que esteve em reunião realizada pela SEDUC com os pais dos alunos das escolas desocupadas para dar lugar a secretarias, relatou que uma funcionária da SEDUC justificou que a distância serve como um incentivo para as crianças. “Até dezembro do ano passado, meus filhos iam no ônibus. Todo dia eu levava meus filhos e esperava do lado da Igreja (Matriz). Esses ônibus rodavam todo dia aí e, de repente, eles quebraram assim?”, Questionou a mãe! A lei garante que, conforme a distância entre a escola e a casa do aluno, o transporte escolar é necessário.