Segurança do Piauí implantará protocolo específico para vítimas de estupro

[Atendimento poderá acontecer em até sete dias]

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Nesta segunda-feira (13/06) delegadas da mulher do Piauí estiveram presente na sede da Secretária de Segurança Pública, junto com o secretário de segurança Fábio Abreu para discutirem um protocolo de atendimento às vítimas de estupro. A ideia pensada dentro de uma perspectiva de gênero que que vai desde o início do Boletim de Ocorrências até relatório final do delegado. Com isso o Piauí é o pioneiro no país a terem protocolo específico.

Para as delegadas, os crimes relacionados ao estupro merecem um tratamento diferente, pois vão além campo policial.

“Nós temos um protocolo geral, que entra roubo, latrocínio e outros casos. Estamos preocupados com essa violência [contra a mulher] que merece um tratamento diferente, que vai além do tráfico de drogas, do roubo, do furto, porque envolve aspectos peculiares e são necessários estudos aprofundados como; dominação masculina, patriarcado. São elementos, dentro uma categoria, categorias essa que extravasa campo policial”, explicou a delegada Eugênia Villa, diretora de Gestão Interna da Secretaria da Segurança Pública do Piauí.

“É preciso reconhecer desde de o registro do B.O. Não é necessário o agente saber o que o patriarcado, não é isso que nós estamos falando, mas ele vai poder perguntar”, completa. O projeto é pioneiro no Brasil e a proposta prevê o estabelecimento de protocolos que se comuniquem todas delegacias da mulher do estado. A proposta é atrelar o depoimento da vítima até o relatório do inquérito, adotando uma metodologia específica para os inúmeros casos.

“Vamos adotar metodologia para representação de medidas cautelares em caso de estupro, alto de prisão em flagrante em caso de estupro, registro do B.O no caso de estupro, elaboração de laudo em caso de estupro, relatório final em caso de estupro, é uma perspectiva de gênero que vai desde o início do B.O até relatório final do delegado”, frisou a delegada.

O núcleo de pesquisa foi instituído na portaria junto com o núcleo investigativo do feminicídio há um ano.

Com Informações: O Olho

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