Tio é denunciado suspeito de estuprar cinco crianças em Teresina após vítima pedir ajuda na escola

Uma criança de 7 anos denunciou o próprio tio por estupro durante a aula, na manhã desta quinta-feira (16), em escola municipal do bairro Pedra Mole, Zona Leste de Teresina. Os professores acionaram a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

A mãe da criança, acompanhada da advogada e dois professores, registraram boletim de ocorrência nesta tarde na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA).

Segundo a advogada da família, Nathalia Freitas, o suspeito do crime é um programador de 37 anos, que teria estuprado mais quatro crianças, entre sobrinhos e afilhados, na faixa etária de 7 a 13 anos.

“A professora gravou um vídeo da menina contando, com riquezas de detalhes, que era abusada pelo tio e nessa quarta-feira o crime ocorreu novamente. Em maio, a criança relatou pela primeira vez o abuso, mas o Conselho Tutelar chamou os pais, que acabaram invalidando o depoimento da vítima e alegaram que ela estava inventando o abuso”, contou a advogada.

Na denúncia, a menina contou que o tio tinha abusado de mais quatro crianças, entre elas, a sua irmã de 13 anos. De acordo com a delegada, o suspeito dava presentes para a vítima, inclusive dinheiro, levava para passear e perguntava o que receberia em troca.

De acordo com a advogada, em outubro o suspeito foi denunciado pelos estupros de três crianças. A DPCA abriu inquérito, o Ministério Público do Piauí ofereceu denúncia e adotadas medidas protetivas a favor das vítimas.

“Como ele não foi punido, fez três novas vítimas, incluindo a menina de 7 anos novamente. Queremos pedir a prisão preventiva do suspeito, que já morou fora e tem passaporte, além das medidas protetivas para as outras crianças”, disse Nathalia Freitas.

Professor conta como descobriu os abusos

O professor, que preferiu não se identificar, contou ter três alunos vítimas do mesmo suspeito. Em um dos casos, ele relatou que a criança estava passando mal e ao questionar sobre o ocorrido, descobriu que o aluno adquiriu ansiedade porque estava sendo aliciado por um parente.

“Então questionei a mãe do aluno. Ela contou que precisou afastar o filho de um padrinho, mas depois acabou revelando que ele estava assediando as crianças. Nesse momento associei com os outros casos de abusos e fui questionar as outras mães dos alunos. Foi quando começamos a registrar os boletins de ocorrência”, revelou.   G1-PI

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