Ministério Público recorre contra liberdade de jovem que matou dois piauienses em ciclofaixa em SP

caso-atropelamento-O Ministério Público Estadual entrou com recurso nesta quarta-feira (21) contra a decisão da Justiça que concedeu liberdade provisória à motorista Juliana Cristina da Silva, presa em flagrante na madrugada de domingo (18) depois de atropelar e causar a morte de dois trabalhadores que realizavam a sinalização de uma ciclofaixa na Avenida Luiz Dumont Villares, na Zona Norte de São Paulo.

Juliana foi liberada do 89º Distrito Policial na tarde desta terça-feira (20). Ela passou a noite detida e saiu após pagar fiança de cerca de R$ 15 mil. Ela responderá ao processo em liberdade. Na saída da delegacia, a motorista não quis conversar com os jornalistas.

Juliana terá de entregar a carteira de habilitação, deverá comparecer ao Fórum da Barra Funda a cada dois meses e comunicar à Justiça caso fique ausente da cidade por mais de 30 dias.

A decisão que permitiu à motorista responder o processo em liberdade foi do juiz Paulo de Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais.

O SPTV conversou com os parentes de Juliana. Eles não quiseram gravar entrevista e disseram que a mãe dela chora o tempo todo. Para eles, o acidente foi uma fatalidade.

RACSIMO2O acidente aconteceu por volta da 1h30 da madrugada de domingo (18) na Avenida Luiz Dumont Villares. José Airton e Raimundo Barbosa pintavam uma ciclofaixa em Santana, na Zona Norte, quando foram atropelados.

José morreu na hora, e Raimundo chegou a ser socorrido à Santa Casa, mas também não resistiu aos ferimentos. A motorista fugiu do local, mas foi parada por testemunhas depois de percorrer cerca de 3 km. A Polícia Militar foi acionada, e ela acabou levada ao 73º DP.

Juliana foi submetida ao exame de etilometria pela polícia e apresentou resultado de 0,85 miligrama por litro de ar – quase três vezes o limite para se configurar o crime de embriaguez ao volante, que é de 0,34 mg/l.

Os dois operários eram funcionários de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a CET. Ambos eram do Piauí.

Raimundo Barbosa dos Santos, de 38 anos, chegou a São Paulo há 19 anos. Ele vivia na Brasilândia, na Zona Norte, com a mulher e quatro filhos. José Airton morava em Francisco Morato, na Grande São Paulo, e tinha seis filhos. G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *